5 dicas para falar em público com confiança e tranquilidade

Por Paulo R. Käfer

Cara Leitora. Caro Leitor.

Imagine a seguinte cena.

Auditório lotado. Uma plateia ávida por novos conhecimentos e com expectativas elevadas.

A pessoa que irá conduzir o workshop se preparou muito bem, domina completamente o assunto, planejou milimetricamente a sua apresentação e caprichou nos slides.

Logo logo ela entrará em cena para transmitir a sua mensagem.

Mas algo a incomoda. A sensação é um frio na barriga. Suas mãos estão suadas. O chão parece desaparecer embaixo dos seus pés. Ela se sente vulnerável.

E alguns questionamentos inquietantes surgem na mente dela para piorar as coisas: darei conta do recado? As pessoas gostarão de mim? Será que sou bom o bastante? Vou esquecer minha fala?

Talvez muitos passam por algo semelhante antes de falar em público. Às vezes, até os mais experientes. Mas não precisa ser assim.

Com base na minha própria experiência com treinamentos empresariais e também na condução do curso Facilitador Coach ©, preparei cinco dicas para apresentar ideias com confiança e tranquilidade.

1 # Valorize genuinamente sua plateia

Sem plateia não há orador. Sem treinandos não há Instrutor.

Valorize sua plateia de modo genuíno e importe-se com a evolução
das pessoas.

Em geral, sentir isso pode ser mais importante que qualquer teoria da moda, ferramenta inovadora ou referencial poderoso que você possa imaginar.

As pessoas geralmente respondem positivamente por intermédio de uma expressão facial amistosa, ao perceberem que você se importa com elas.

E isso é altamente tranquilizador quando estamos diante de um público. Assim a plateia agradece e a confiança aparece.

2 # Negocie com seu medo

De que adianta uma pessoa dominar o conteúdo, se ela “travar” diante de uma audiência? De que adianta slides maravilhosos se ela hesita no palco? De que adianta um currículo brilhante se ela titubeia ao expor suas ideias?

Todos nós sentimos medo. Ele, de certa forma, nos protege quando os perigos são potenciais e reais. Nesse sentido o medo é bem positivo e até saudável.

O problema é quando os medos imaginários e irreais começam a pairar na nossa mente. Muitos dos nosso receios, não passam de ilusões criadas por nós mesmos.

Há muitos anos trabalhando com treinamentos empresariais, tenho a oportunidade de constatar que as pessoas têm muito mais talento e potencial do que imaginam.

Então… Negocie com seus medos. Não permita que eles o dominem. E aí vai uma dica quente: concentre-se naquilo que você quer como Orador, Instrutor ou Palestrante e não naquilo que você teme! Nas palavras de Willian James: “a realidade está onde você coloca sua atenção”.

Que tal olhar mais para sua riqueza interior, seus dons, habilidades e potencialidades e menos para os medos imaginários?

3 # Saia do “modo” autocentramento

O autocentramento, a preocupação excessiva consigo mesmo e com o próprio umbigo podem desencadear inquietações na mente e fazer declinar o desempenho. E lá se vai a confiança e a tranquilidade…

Em geral, quanto mais uma pessoa estiver voltada para ela mesma, menos se conectará com a plateia. Aliás, é preciso um certo grau de empatia para perceber como as pessoas estão reagindo ao que está sendo dito.

E se o Facilitador estiver muito preocupado em parecer competente e genial aos olhos dos outros, sobra pouco tempo para focar no que realmente importa: encontrar meios hábeis para ajudar efetivamente a audiência.

4 # Cultive a humildade e a simplicidade

Nas brilhantes palavras de Osho: “seja comum, seja simples, seja você quem for. Não há necessidade de ser importante, a única necessidade é de ser real. Ser real é existencial. Ser importante é viagem do ego”.

Facilitadores e palestrantes extraordinários cultivam a humildade genuína e a autêntica simplicidade, porque essas duas qualidades são próprias de quem expandiu a consciência e alcançou uma grande realização interior.

Talvez por isso transmitem credibilidade, confiança e tranquilidade. No “palco” e fora dele.

Assim, a naturalidade no modo de falar e de se expressar é consequência. A atenção é direcionada para a essência da mensagem e não para os “enfeites” na comunicação, nem para a pompa na linguagem.

Acredito que nesse contexto,  transmitir um conceito profundo e complexo com simplicidade e humildade é o retrato da maestria.

5 # Pense na contribuição além do conteúdo

Geralmente, as pessoas que começam a trabalhar com treinamentos, cursos e palestras buscam por técnicas, ferramentas, modelos, conceitos, referenciais e teorias.

É natural e não há nada de errado com isso. Aliás, é fundamental cercar-se de respaldo teórico.

Acontece que a ênfase excessiva no conteúdo no momento da apresentação pode ofuscar o gigante potencial que cada Facilitador tem.

Quando uma pessoa vai além da transmissão de conhecimentos e busca servir as pessoas, acolhê-las, ajudá-las a superar desafios, a abandonar convicções limitantes e paradigmas ultrapassados, o treinamento ou a palestra ganha outra dimensão.

Acredito muito nisso: se colocarmos nossa energia e intenção em ajudar as pessoas, nosso “autêntico eu” emerge sem esforço. E assim ficamos mais calmos e serenos para dar o nosso melhor quando estamos falando em público.

É como se entrássemos em um fluxo incrivelmente poderoso de leveza e confiança que nos permite “iluminar” o caminho das pessoas da melhor forma possível.

E quando você sente que ajudou alguém com seu treinamento ou palestra, não há dinheiro no mundo que pague essa satisfação plena de sentir que sua existência e seu trabalho fizeram a diferença positiva na vida de outro ser humano.

Isso é muito auspicioso, traz muita felicidade, realização plena e paz de espírito. Aliás, essa indescritível sensação por si só, pode elevar a autoconfiança e a tranquilidade na hora de falar em público.

Espero ter contribuído de alguma forma com essas dicas e reflexões. Agradeço sinceramente a sua visita aqui no blog, grande abraço, paz na mente e até o próximo texto.

Paulo R. Käfer

Diretor e Facilitador da MKaPlus, empresa especializada em ajudar instrutores e facilitadores a terem alta performance e realizarem treinamentos fantásticos. Tem mais de 11 anos de experiências em treinamentos empresariais e é Instrutor da Formação de Multiplicadores – Facilitador Coach ©, com dezenas de turmas realizadas pelo Brasil.

Mais sobre Paulo.


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3 thoughts on “5 dicas para falar em público com confiança e tranquilidade

  1. Atualmente o conhecimento está a disposição de todos, diferente de antigamente, quando íamos em um treinamento e ouvíamos novidades, realmente o instrutor é o diferencial, por que ele precisa despertar aquile que temos e não estamos colocando em prática. Essas digas são muito boas, conseguem fazer esse alerta para nosso dia a dia. OBRIGADA.

    • Que bom que você gostou das dicas, Roseli.
      Criar maneiras de diminuir o gap entre teoria e prática e inspirar à ação positiva são também funções de um Facilitador.
      Obrigado pelo comentário.

  2. Acho que o mais difícil é “negociar com o medo” mesmo, mas acredito que seja uma questão de prática e qualquer um pode desenvolver a habilidade de falar em público.

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